Mãe de policial assassinado e ex-comandante da PM confirmam trabalho de Marielle também em defesa de policiais: 'É triste ver o que a pessoa fez por outras e não ter reconhecimento'

Rose Vieira
Rose Vieira, mãe de policial assassinado, defende Marielle

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Contrariando calúnias disparadas nas redes por uma desembargadora e por bestas feras que confundem defesa de direitos humanos com defesa de bandidos, Rose Vieira, mãe de um policial civil assassinado, e um ex-comandante da PM saem em defesa do trabalho de Marielle Franco, a vereadora executada covardemente na quarta-feira.

"A Marielle foi imbatível, foi muito importante no caso do meu filho", recorda-se.
"Ela resolveu o meu caso. Resolver não, porque quem resolve é a Justiça. Mas me ajudou. Registrou todo o caso, pegou o número do inquérito que virou processo. Ajudou com um abraço, uma palavra amiga, o acolhimento, a preocupação com a família", recorda.
"Só para você ter uma ideia, a Marielle não tinha carro nessa época. Nem era vereadora. Chegou de trem. Não posso falar hoje que essa pessoa não me ajudou. Quem é que vai até Duque de Caxias, uma outra cidade, de trem só para ajudar? Só a Marielle".
Na última quinta-feira, Rose prestou sua homenagem à vereadora do PSOL no velório. Pelas redes sociais, tem acompanhado as investigações e se ressente do que tem lido: acusações de que a ex-assessora da comissão não se importava com a morte de policiais.
Evangélica, a mãe de Eduardo Oliveira rebate e pede orações por aqueles que a criticam."Tenho pena por escreverem esse absurdo. Deveriam orar mais para que não aconteçam com elas. É triste ver o que a pessoa fez por outras e não ter reconhecimento.

O ex-comandante da PM Íbis Pereira também rebate as calúnias à memória de Marielle:

"Ela fazia essa ponte para que a comissão pudesse auxiliar as famílias. Um trabalho muito grande no amparo, procurando agilizar na recepção de proventos, benefícios ou aposentadoria. É um trabalho silencioso e muito bonito que as pessoas, na maioria, ignoram", opina.
Para ele, também não é verdade que Marielle e a comissão não ajudem seus colegas de farda.
"É uma bobagem dizer que não defendia policiais. Esse aspecto de bandido bom é bandido morto ou dizer que 'direitos humanos é para bandido' é um retrato da nossa miséria e indigência política e intelectual. Mostra o desconhecimento completo do que é direitos humanos e da importância dele para construção de uma sociedade civilizada. Por trás disso há um ódio secular a pobre, tem ignorância e nossas misérias", conclui. [Fonte: G1]


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