Folha diz que Reforma Trabalhista é como a ditadura, branda. E até que demissão 'não é ruim para o trabalhador'


A inacreditável Folha se supera a cada dia. Após seu proprietário ter defendido que a ditadura no Brasil não foi tão dura assim, mas branda, vem agora uma coluna, que pretende explicar economia para leigos, em favor da draconiana Reforma Trabalhista, defendendo até o indefensável, que o trabalhador encare o desemprego como algo que não é assim ruim para ele. Ô...

Pedagogicamente, o Otavinho poderia demitir o articulista para que ele nos contasse sua experiência... Mas é claro que isso não vai acontecer, porque é exatamente o que o patrão (qualquer um deles) pensa o que está retratado no artigo, do qual reproduzo [e comento] trechos a seguir:


A reforma trabalhista já está valendo desde o último sábado. É uma boa reforma, flexibiliza um pouco a super-rígida CLT dos anos 1940. Resta saber como ficarão as coisas na prática.
(...) Mas por que a reforma trabalhista parece não angariar muito apoio na sociedade? Entendemos que isso se deva a uma falha (sic) no entendimento de como o mercado de trabalho funciona. [Sim, todo mundo é burro, ninguém em séculos de capitalismo compreendeu ainda como o mercado de trabalho funciona. Ele vai explicar]. Muita gente associa flexibilizar leis trabalhistas com beneficiar o empregador. [Basta ver quem comemorou a lei e quem a lamentou].
"Agora, com a nova lei, o empresário vai poder explorar mais ainda o trabalhador", ou algo nessa linha. Mas a premissa de partida está errada.
O trabalhador não é refém do empregador, pois para produzir algo são necessários trabalho e capital. Ambos. [É mesmo?!]. O empresário também precisa do funcionário. Se o dono da empresa tem por objetivo apertar o máximo possível o trabalhador, por que ele não reduz o salário de todos ao mínimo? Porque deixariam a empresa, é claro.[Não acredito que alguém escreveu isso! Ele imagina que os leitores sejam sub-Homer Simpsons, porque o Homer sabe que é explorado pelo patrão]
O objetivo do empregador, caro leitor, não é reduzir salários e benefícios ao mínimo possível - é, sim, maximizar lucro.[E desde quando uma premissa exclui a outra? Pelo contrário, pois é com o objetivo de maximizar seus lucros que os patrões querem reduzir custos, e salário e demais garantias trabalhistas são alguns dos principais deles]
(...) É verdade: a reforma facilita em alguma medida a demissão. Porém, ao contrário do que se diz, isso não é ruim para o trabalhador de modo geral. [Nunca vi alguém defender desemprego como o colunista. Quer dizer que ficar desempregado, não poder pagar suas despesas e da família não é ruim, é?

Ou o colunista é patrão ou escreve a mando dele. Vou dar até o link, embora não costume fazer isso com a Folha, que não linka ninguém, porque alguém pode achar que o texto, de tão inacreditável, é invenção minha. Está aqui.

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