Enfim, a Globo descobriu Cabral. 'Propina à vista!". Mas, por que só agora?




A Globo deitar e rolar em cima das imagens de seu inimigo Anthony Garotinho é vergonhoso mas usual. Agora, o que as Organizações Globo estão fazendo com o seu até outro dia queridinho Sergio Cabral é o cúmulo do mau caratismo. Parece que só agora descobriram o Cabral em Cabral.

A todo momento textos "engraçadinhos" fazendo paralelo entre a vida do presidiário Cabral com a do todo poderoso governador Cabral e suas mordomias. E ficamos sabendo que ele tomou café com leite e pão com manteiga no café. E que almoçou o almoço do presídio. E teve a cabeça raspada.

Mas, seria tão fácil descobrir como Cabral desviava dinheiro do governo para interesses seus e de seus parceiros. Por exemplo, vejamos a imagem a seguir:



Nela, temos Cabral, tendo a seu lado José Roberto Marinho (um dos donos das Organizações Globo), e a imagem projetada na parede, onde se lê: Museu do Amanhã.

A imagem foi feita em outubro de 2010, quando da assinatura de um convênio entre o governo do estado e a Fundação Roberto Marinho para a criação do Museu do Amanhã.

A Fundação entrou com o bolso e o governador Cabral com R$ 24 milhões, verba que deveria ser usada para prevenção de enchentes, desviada do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam), da Secretaria do Ambiente.

O dinheiro não foi usado pela Secretaria do Ambiente e dois meses depois, no início de janeiro de 2011, ocorreu a Tragédia da Região Serrana, segundo o Portal G1 (da própria Globo),  "maior tragédia climática da história do país. Segundo a Polícia Civil, 470 corpos já foram identificados pelo IML, num total de 511 mortos".

O jornal O Globo também deu a parte superior inteira de sua primeira página [imagem lá em cima], com a perfeita união das palavras Tragédia e descaso.

Não houve matéria com risinho nem zombaria. E o Cabral é o mesmíssimo.

A Globo também.

Só que agora ele está preso e ela quer mostrar que não tem nada a ver com ele e seus desvios de verba.

O Museu do Amanhã de velhas novidades.