'Na hora que der merda, estamos juntos desde o início'

Para quem não está ligando o nome à pessoa, Ricardo Sérgio de Oliveira, que foi homem das finanças de campanhas de FHC e Serra, participou de um dos "mais edificantes" diálogos gravados entre figuras do primeiro escalão do governo Fernando Henrique, quando das privatizações.

O conteúdo de parte das fitas que foi divulgada à nação (a maior parte, como na antiga canção, "ninguém sabe, ninguém viu"...) teve sua veracidade confirmada por um dos participantes do diálogo, e, à época, ministro das Comunicações de FHC, Luiz Carlos Mendonça de Barros.

Leia agora um dos mais famosos trechos, aquele em que Ricardo Sérgio declara que estão "no limite da irresponsabilidade".

MENDONÇA DE BARROS - Está tudo acertado. Mas o Opportunity está com um problema de fiança. Não dá para o Banco do Brasil dar? [Ricardo era diretor do BB].
RICARDO SÉRGIO - Acabei de dar.
MENDONÇA DE BARROS - Não é para a Embratel, é para a Telemar [nome de fantasia da Tele Norte Leste].
RICARDO SÉRGIO - Dei para a Embratel, e 874 milhões para a Telemar. Nós estamos no limite da irresponsabilidade.
MENDONÇA DE BARROS - É isso aí, estamos juntos.
RICARDO SÉRGIO - Na hora que der merda, estamos juntos desde o início.

Em fevereiro deste ano, o juiz federal substituto Cloves Barbosa de Siqueira, da 12ª Vara do Distrito Federal, condenou Ricardo Sérgio e outros diretores do BB a sete anos de cadeia. Começou a dar merda.

(Postagem feita originalmente em 2 de fevereiro deste ano)

(Atenção: se você não quer eleger um parlamentar corrupto, clique aqui, e não deixe de ler esta postagem.)

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